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"Choi, Choi": a vida com calma

Atualizado: 20 de jan. de 2021

A viver em São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, há 4 meses, Mohamed Baytar e a família estão praticamente inseridos na comunidade. Só falta arranjar trabalho.

Ana Isabel Ribeiro (texto e áudio)


Fotografia: Daniela Oliveira


Mohamed Baytar tem 20 anos. Fugiu com os pais e 5 dos 6 irmãos para Istambul, na Turquia, depois do pai, Marmud, ter ficado ferido na perda num dos bombardeamentos na cidade de Alepo, na Síria.


Viveu na Turquia durante 6 anos. No início num campo de refugiados, mas com força e determinação conseguiu arranjar trabalho numa fábrica de confeções e instalar a família numa pequena casa.


Resistir requer determinação e ficar imóvel à espera do nada é correr riscos. Foi com essa mesma determinação que recorreram ao programa do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e, consequentemente, chegaram a Portugal.


Durante um ano e meio Mohamed e a família têm apoio técnico e financeiro, mas terminado esse tempo, é necessário olhar para o futuro. Mas quando a realidade se torna pesada, saborear cada passo, cada avanço é sinal de recomeço.


Recomeçaram em Portugal. Não sabem se vão ficar, mas dizem que estão felizes. Para trás, na Síria, ficam as memórias dos tempos conturbados que dizem não esquecer. Mas agora é tempo de levar a vida com calma. Como diz a família “Choi, Choi”.



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