Giro: João Almeida termina em 4º lugar e torna-se no melhor português de sempre na Volta a Itália
- jornalsatelite
- 26 de out. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 20 de jan. de 2021
Três semanas depois, a prova de ciclismo chegou ao fim: João Almeida ultrapassou Pello Bilbao e ficou em quarto lugar da geral. Rúben Guerreiro subiu ao pódio para receber a camisola azul. Tao Geoghegan Hart foi o vencedor.
Ana Isabel Ribeiro e Rui Vieira Cunha (texto)

Fotografia: Giro d'Italia
Passavam poucos minutos das duas da tarde deste domingo quando teve início a 21ª etapa da volta a Itália. A última prova da competição partiu de Cernusco sul Naviglio com destino a Milão com um contrarrelógio de 15,7 quilómetros.
O último dia na luta pela camisola rosa ficou marcado por uma grande reviravolta. Sem nunca ter liderado a prova, o britânico Tao Geoghegan Hart (Ineos) conseguiu demarcar-se do adversário australiano Jair Hindley (Sunweb) e vencê-lo por apenas 39 segundos de diferença.
“Nem nos meus sonhos achava que era possível”, afirma Tao Geoghegan Hart que terminou o “crono” num total de 18 minutos e 7 segundos.

Fotografia: Giro d'Italia
O segundo lugar pertence a Jai Hindley, que terminou a prova com 18 minutos e 53 segundos. Wilco Kelderman é o terceiro classificado.
Para além das emoções finais, os olhos estavam ainda postos nos portugueses João Almeida, que perdeu a camisola rosa para o derrotado Hindley e Rúben Guerreiro, o agora denominado de "rei da montanha".
Portugueses com recordes
João Almeida revelou-se uma verdadeira surpresa. Apesar de ter perdido a camisola rosa quando desceu para o 5º lugar, no “crono” final o corredor das Caldas da Rainha foi rápido no contrarrelógio e consegui ganhar a 4ª posição, ultrapassando o espanhol Pello Bilbao.
O ciclista da Quick-Step conseguiu, com apenas 22 anos, a melhor classificação portuguesa de sempre no "Giro". Até aqui, a melhor performance portuguesa pertencia a José Azevedo (5º em 2001).
Esta edição da Volta acabou por ser duplamente histórica para Portugal pela conquista do prémio montanha por Rúben Guerreiro. O ciclista da EF Pro Cycling que já havia garantido a camisola azul tornou-se, assim, no primeiro português a alcançar um prémio numa grande volta. O ciclista de 26 anos destacou-se ainda na conquista da etapa 9.
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