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PSG vs. Basaksehir: as equipas saíram de jogo depois de um caso de racismo

O quarto-árbitro foi acusado de ter um ato racista no momento da expulsão do treinador adjunto do Basaksehir. O jogo recomeça hoje às 17h55, mas com outra equipa de arbitragem.

Rui Vieira Cunha (texto)


Fotografia: AFP


O incidente aconteceu a meio da primeira parte do jogo desta terça-feira, quando o quarto-árbitro mandou o árbitro principal expulsar Pierre Webo, treinador adjunto do Basaksehir, utilizando alegadamente a palavra "negro" para se referir ao antigo jogador. Pierre apercebeu-se do sucedido. Não se conteve e confrontou o quarto árbitro - “Porque é que me chamou preto? .


Quando se aperceberam do sucedido os restantes elementos da equipa turca e do PSG ficaram indignados e abandonaram o jogo de imediato.


Reações nas redes sociais


Poucos minutos após a interrupção do jogo, o Basaksehir reagiu no Twitter com o slogan da UEFA - “No to racism”. Esta foi expressão usada também por Danilo Pereira e Kimpembe, ambos jogadores do PSG e por inúmeras personalidades do mundo do futebol.




A reação dos árbitros


O árbitro da partida, Ovidiu Hategan, recusou-se a comentar a situação aos jornalistas porque primeiro tinha de falar com a UEFA, mas confessa que a equipa de arbitragem está desolada e pede compreensão "respeitem o nosso silêncio e entendam a situação".


Já o quarto-árbitro, Sebastian Coltescu, não falou publicamente, mas o jornal Prosport avança que terá comentado com a família: "não vou ler notícia nenhuma nos próximos dias. Qualquer pessoa que me conheça sabe que não sou racista. Pelo menos, espero eu".


Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo do Benfica para a liga Europa, Jorge Jesus não quis comentar este caso por não ter lá estado. "Não sei o que aconteceu, o que se falou, o que se diz", afirma


Jesus acabou, contudo, a proferir algumas declarações sobre a questão do racismo numa forma geral - "hoje qualquer coisa que se possa dizer contra um negro é sempre sinal de racismo. Se se pode dizer-se o mesmo contra um branco, já não é sinal de racismo. Está-se a implantar essa onda no mundo".


Estas declarações estão também a gerar polémica nas redes sociais e já chegaram ao Brasil, país onde Jesus treinou o Flamengo antes de regressar ao Benfica. Em Portugal, o posicionamento do treinador já motivou o tweet do deputado do Bloco de Esquerda, Luís Monteiro.



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